Uma professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) acusada de manter uma idosa, de 63 anos, em trabalho análogo à escravidão virou alvo de inquérito na Polícia Federal. A investigação requisitada pelo Ministério Público Federal (MPF) tem como base a cópia de procedimento do Ministério Público do Trabalho (MPT) que processou a docente na Justiça do Trabalho.

O órgão pede que a professora pague R$ 1,3 milhão a título de indenização por danos morais e coletivos, além de pensão e pagamento retroativo de salários. A senhora foi resgatada pela força-tarefa do Governo Federal de combate ao trabalho escravo no bairro da Abolição, zona norte do Rio de Janeiro, no fim de janeiro.

“A empregadora confessou ter recebido a primeira parcela do auxílio emergencial da idosa, de R$ 600, mas confirmamos que outras quatro foram sacadas. Há relatos de vizinhos de que a senhora ainda sofria maus-tratos, então comunicamos ao Ministério Público Federal para a adoção de providências com relação à repercussão penal”, explicou Isabela Maul, procuradora do MPT.

Entre os crimes que a docente pode responder, estão o de manter trabalhador em condição análoga à escravidão, de maus-tratos e de apropriação indébita. Em nota, o MPF informou que “requisitou a instauração de inquérito policial à PF para apurar o caso”.

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