O auxílio emergencial que beneficiou 68 milhões de pessoas com R$ 294 bilhões no ano passado impediu que o tombo do Produto Interno Bruto (PIB) fosse ainda maior. Sob o impacto da pandemia do novo coronavírus, a soma de todos bens e serviços produzidos pelo Brasil desabou 4,1% em 2020, mesmo após registrar uma retomada no segundo semestre, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados na quarta-feira. 

O resultado veio um pouco melhor do que as projeções que foram realizadas no início da pandemia, que apontavam para uma retração de 6,5%. Mas, segundo economistas e analistas, as medidas adotadas para diminuir os efeitos da crise, com destaque para o auxílio emergencial, deram um impulso adicional. A estimativa do economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, é que o dinheiro repassado pelo governo federal às famílias de baixa renda e trabalhadores informais teve um impacto de 2,5 pontos percentuais no resultado do PIB de 2020. “Quando a pandemia começou havia uma expectativa muito negativa. Quando vieram os auxílios e outros programas, foi possível ter uma melhora no resultado do PIB”, afirma.

O auxílio emergencial foi criado para diminuir os efeitos da crise causada pelo novo coronavírus na população de baixa renda e trabalhadores informais. O pagamento começou em abril e terminou em dezembro, com cinco parcelas de R$ 600 e quatro de R$ 300.

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