Responsável pela investigação do caso do corpo da mulher retirado do túmulo em Gravataí, o delegado Gustavo Bermudes acredita que o autor sabia do sepultamento realizado no Cemitério Municipal Rincão da Madalena. “Uma coisa é certa: quem fez isso conhecia no mínimo os atos fúnebres”, resumiu. O enterro ocorreu na tarde de domingo passado, mas a descoberta da violação do jazigo aconteceu na manhã de segunda-feira.

Respondendo pela 1ªDP, Gustavo Bermudes revelou que o corpo da mulher, de 49 anos, foi encontrado em um matagal próximo do cemitério e no local havia uma cruz com o nome dela. “Para mim quem faz este tipo de coisa não pode ser uma pessoa normal”, avaliou. Diligências estão sendo realizadas e estão sendo colhidos depoimentos dos familiares, funcionários e vigias do cemitério. Os agentes querem saber agora quem estava presente no enterro no domingo pois talvez encontrem uma pista que leva à autoria do crime. “É um quebra-cabeça”, comparou, referindo-se ao trabalho investigativo.

O crime por enquanto confirmado é de vilipêndio de cadáver. O delegado Gustavo Bermudes observou que depende dos laudos do Instituto-Geral de Perícias para apurar se ocorreu algum abuso sexual no cadáver, crime conhecido como necrofilia. Ele admitiu, porém, uma segunda hipótese. “É possível que as vestes dela tenham saído no contato com o solo ao ser arrastado o corpo”, afirmou. “Tudo vai depender da perícia. Nada pode se descartado neste momento”, frisou. “O caso tem que ser esclarecido da melhor maneira possível. Vamos nos empenhar nisso”, assegurou.

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