No final do texto da semana passada (que você pode conferir clicando aqui), comentei um pouco sobre a implantação de culturas com a finalidade de produção de palhada, as denominadas plantas de cobertura. Portando, resolvi dedicar o espaço de hoje para falar exclusivamente desta prática.


Como o próprio nome já diz, as plantas de cobertura têm a finalidade de cobrir o solo, protegendo contra a erosão e perda de nutrientes. Porém, possuem outras funções importantes que proporcionam melhorias na qualidade do solo.
Dentre essas funções, podemos destacar a capacidade de ciclagem de nutrientes, como no caso da maioria das leguminosas, que são capazes de fixar o nitrogênio atmosférico, e disponibilizarem para as plantas que serão cultivadas em sucessão. Além disso, as plantas de cobertura podem trazer melhorias físicas ao solo, através de suas raízes profundas e agressivas que descompactam o solo, como o nabo-forrageiro.
Outra vantagem das plantas de cobertura é o incremento de matéria orgânica ao solo, pois a capacidade produtiva do solo é altamente dependente do teor de matéria orgânica, que por sua vez é importante para maior retenção de água no solo, disponibilidade de nutrientes para as plantas e estruturação do solo.
As espécies vegetais utilizadas como cobertura do solo auxiliam no controle de plantas daninhas, de doenças, de nematoides e de pragas, beneficiando diretamente as culturas sucessoras. Além disso, manter o solo coberto é essencial para a prática do plantio direto.


Por fim, é importante ressaltar que atualmente o mercado oferece variadas soluções voltadas para o campo, cabe ao produtor e aos profissionais da área analisar quais maneiras são mais sustentáveis para aumentar a qualidade e a quantidade da produção. As plantas de cobertura são o exemplo, de como a própria natureza pode entregar bons resultados no campo.

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